quarta-feira, 1 de junho de 2011

I.

Sou a culpa,
Tenho o útero recheado de girassóis
e a boca cheia de relâmpagos –

as minhas mãos são às manchas,
os meus dedos tocam todos por dentro,
dobram como sinos,
desenrolam a memória -
As sombras provam-nos que há sol
mergulho nele – um abraço desde dentro,
sou a culpa, o meu século é às manchas e
é só mergulho em acto contínuo
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II.

A dor é azul,
O medo é azul,
marítima é também a vontade de te abraçar,
de nadar por ti dentro,
só o riso é deus, só ele molda verdadeiramente as caras,
só ele folheia verdadeiramente e abre,
vêm a voz e recheia-me de relâmpagos,
O anjo lambe o futuro

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