quarta-feira, 25 de maio de 2011

Zahut II

O futuro joga badmington consigo mesmo, na forma de dois: derrete pelos olhos, provoca uma visão fragmentada, distorce, soluciona, apresenta-se como alucinação na parte de trás da nuca, nada como uma estrela de várias pontas por ti dentro, como um comboio percorre-te a nuca, os braços: uma infra-língua lambe a civilização assustada. Folheamos de forma apressada o genocídio do Darfur; Na casa diante do mundo com os seus grandes espelhos. O futuro sobe pela coluna na alucinação dos cactos, é só um gato em queda contínua, vertical como a música. Zahut esconde o sono numa caixinha pequena, forrada por dentro de celofane azul. Depois vai brincar com as montanhas, muda-as de sítio, de vez em quando mete uma montanha na boca – Com os seus sinos de bronze a tocarem – A montanha branca, o lago, dentro da boca – O futuro a vestir os seus calções justos, só vigília de várias pontas acesas, porque o sono está numa caixinha. O futuro escreve. Zahut escreve, mete o medo num saco, fuma o medo e vai brincar com as montanhas, em mortalha de prata, vertical como a música. O último símbolo anda de patins no ringue: Zahut escreve porque tem medo e abraça-se a Jiacina. A entropia aumenta o sinal, fortalece-o de ligações mais fortes e seguras, a estrela nada por eles, dentro deles.

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