sábado, 27 de setembro de 2008

No bosque do Aleixo, as musas…

Para lá do bosque do Aleixo está
O povo, filosoficamente caracterizado dentro
dos seus apartamentos – todos abanam as línguas – todos têm cabelos a roçar
por trás do ouvido – Quando chove no bosque
do Aleixo, as musas vêm cá fora apanhar a roupa,
Ao sábado no bosque do Aleixo um velho planta nabos
Tem cinco metros quadrados e unhas sujas –
As seringas no chão são chupadas pelos ratos
Os preservativos esquecidos no meio do bosque
Ainda com sémen desperdiçado – Os ratos vêm comer os preservativos
Para lá do bosque do Aleixo está o povo filosoficamente caracterizado
Para lá está o cinema, a filosofia, a vida!

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