quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

A Revolução Industrial na Magna Grécia

Ensaio produzido por um sujeito colectivo que é Vítor Esser.


Nossa Senhora de Chernobill, de Minamara,
De Nagasaki e de Guantanamo
Dirijo-me a ti



Nós, três pastorinhos belgas, irmãos da mesma mãe e mesmo pai, crentes no Espírito Santo, fomos procurar emprego numa pequena cidade industrial da fronteira com França, uma pequena cidade onde o sol é tapado pelo fumo das fábricas e onde todos os dias há aparições marianas, o nosso pai vendeu um rebanho para pagar dívidas de jogo, nosso pai bebia muito, a bebida não ajudava muito nosso pai – nós fomos a Chernobill procurar emprego numa central nuclear – vimos lá dentro Diabo a masturbar-se num reactor avariado.


Vou escrever como uma possessa através de ti, através das tuas mãos, sou Diana uma princesa grega, hoje é dia de natal na Magna Grécia, mas eu aqui sentada com todos os semi-deuses da idolatria aguardo o nascimento do cristianismo. Todos os dias naquele monte ali em cima vejo serem crucificados salteadores de túmulos e vendedores de serviços virtuais,
Todos pagam os seus pecados, vejo pedófilos tristes a verem o HI5 das meninas porcas às seis da manhã a olharem para o monitor. O pedófilo a pestanejar masturba-se para dentro de uma terrina, um vaso grego – que Diabo atira contra um muro – Porque o vidro está associado à solidão – porque o vidro separa …
Eu, sentada aqui ao lado de Diabo dito para ti –olho para o espelho e não vejo nada, sou um espelho a olhar para um espelho,

Existiu na Magna Grécia uma fábrica de espelhos em que todos os artífices eram cegos.

EU vi-te no youtube


Vítor Esser

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